Ala de doenças infectocontagiosas

A ala de doenças infectocontagiosas é destinada aos animais acometidos por enfermidades altamente transmissíveis, como a cinomose e a leptospirose. O ambiente é reservado do restante do hospital, preservando a segurança dos demais pacientes. Continue lendo e conheça mais!

Segurança hospitalar  

A ala de doenças infectocontagiosas é uma área destinada ao tratamento das infecções veterinárias de maior casuística, como a leptospirose, a parvovirose e a cinomose. Para comportar os animais com toda a segurança hospitalar, disponibilizamos de um ambiente bem equipado, isolado do restante do hospital, com estrutura pensada para o cuidado dos pacientes e medidas para que as doenças não sejam disseminadas para outros indivíduos.

Além disso, um profissional se dedica à ala por turno, para garantir o acolhimento e os cuidados que os pacientes necessitam. Eles utilizam equipamentos de proteção, que são utilizados apenas durante o atendimento dos pacientes infectados e retirados para a devida assepsia antes de acessarem os demais ambientes do hospital. Assim, é possível garantir que os outros animais não sejam infectados por estas doenças altamente transmissíveis.  

A imagem mostra um cachorro da raça pug deitado em um leito para animais. A cama é branca e, sobre ela, há um cobertor branco. À esquerda do animal, está uma mulher de jaleco branco, caucasiana, com cabelos pretos presos em um rabo de cavalo. Ela está com as mãos sobre o cão, examinando-o. Na parede, de cor amarela, estão aparelhos veterinários medindo os sinais vitais do cachorro.

Quais casos são atendidos na ala de doenças infectocontagiosas?

Os principais pacientes atendidos na ala de doenças infectocontagiosas são aqueles infectados por vírus e outras patologias altamente transmissíveis, algumas das quais são mais recorrentes.

Parvovirose

A parvovirose é uma das doenças infectocontagiosas que mais atinge os pacientes jovens (filhotes) e adultos não vacinados ou debilitados. Ela é causada pelo parvovírus e pode ser transmitida através de fezes, secreções, vômito ou superfícies contaminadas – o parasita sobrevive por vários meses no ambiente.

Quadros graves de vômito, diarreia com sangue, falta de apetite e perda de peso são os principais sinais da parvovirose. Esses sintomas costumam surgir entre 7 e 14 dias após a contaminação do animal. Ao perceber qualquer destes sinais, os tutores devem buscar atendimento veterinário de urgência, já que a doença é altamente letal.

O tratamento para a parvovirose consiste em medidas que fortaleçam o sistema imunológico dos animais, para que o organismo consiga combater o vírus. Além disso, buscam-se meios de reverter os quadros de desidratação e demais danos que a doença tenha causado ao corpo.

A parvovirose pode ser prevenida através da vacinação correta, quando o pet ainda é filhote. Além disso, enquanto o animal não completa o calendário de imunização e os reforços, os tutores devem evitar passeios e contato com animais potencialmente infectados.  

Cinomose

A cinomose é uma doença causada pelo vírus da família Paramyxovirus, do gênero Morbilivírus. Uma de suas principais características é a alta transmissibilidade, mas que ocorre apenas entre animais e nunca para o homem, já que não se trata de uma zoonose. Ela acomete principalmente cães jovens ou não vacinados, que são infectados a partir do contato direto ou por meio de aerossóis.

Os sintomas mais comuns da cinomose envolvem o surgimento de secreção nasal e ocular, vômito, diarreia, falta de apetite, febre alta, dificuldade de respirar e tosse. Conforme a doença avança, o sistema nervoso do animal é afetado, fazendo-o apresentar tremores, dificuldade para andar e convulsões epileptiformes. Ao perceber algum destes sinais, o tutor deve levar o paciente imediatamente para atendimento veterinário e, sob hipótese alguma, aplicar medicamentos sem a orientação profissional.

A cinomose pode ser prevenida com a vacinação, que deve ocorrer a partir dos primeiros meses de vida do animal. É importante que o reforço das doses seja feito conforme a orientação do veterinário para manter o pet protegido.

Leptospirose

Diferente da cinomose, a leptospirose é uma doença que atinge os animais e também pode infectar os humanos, pois trata-se de uma zoonose. A enfermidade é causada por bactérias do gênero Leptospira, que possui mais de 250 variedades com distintas patogenicidades.

As épocas chuvosas são as mais favoráveis para a disseminação da leptospirose, porque a água é um dos principais meios de transmissão. As leptospiras podem permanecer vivas em água limpa por até 152 dias, mas não reagem bem à alta salinidade, ao pH ácido e aos ambientes secos.

Além do clima chuvoso, a presença de roedores é um importante fator para a disseminação da leptospirose. Esses animais são assintomáticos e transmitem a doença a partir da urina contaminada – processo que pode acontecer por praticamente toda a vida do roedor. Os pets costumam contrair a enfermidade a partir do contato direto com água, alimentos e outros componentes contaminados, por isso os tutores precisam ficar atentos às portas de entrada para a infecção, como lesões na pele e contato através da mucosa (boca, nariz ou genitais).

Animais contaminados com a leptospirose apresentam sintomas como febre, letargia, vômito, diarreia, mau hálito, dor abdominal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragias, depressão e falta de apetite. Ao perceber algum destes sinais, o pet deve ser encaminhado para atendimento veterinário.

A prevenção à leptospirose deve ser feita com a vacinação correta do animal de estimação, incluindo a realização dos reforços anuais, conforme orientação do médico veterinário.

Por que a ala precisa ser separada do restante do hospital?

As doenças infectocontagiosas são provocadas por agentes patogênicos, especialmente os vírus. A principal características destas enfermidades é a rápida e fácil transmissão. Assim, é essencial que os animais adoentados fiquem distantes de indivíduos saudáveis, para diminuir a taxa de infecção e prevenir eventuais surtos.

É importante ressaltar que o Hospital Veterinário Vitta de Bicho está localizado na área central de Caxias do Sul, facilitando o acesso de todas as famílias que precisam de atendimento veterinário. Por isso, sinta-se seguro para trazer o seu melhor amigo sempre que necessitar!