A ala de doenças infectocontagiosas é destinada aos animais acometidos por enfermidades altamente transmissíveis, como a cinomose e a leptospirose. O ambiente é reservado do restante do hospital, preservando a segurança dos demais pacientes. Continue lendo e conheça mais!
A ala de doenças infectocontagiosas é uma área destinada ao tratamento das infecções veterinárias de maior casuística, como a leptospirose, a parvovirose e a cinomose. Para comportar os animais com toda a segurança hospitalar, disponibilizamos de um ambiente bem equipado, isolado do restante do hospital, com estrutura pensada para o cuidado dos pacientes e medidas para que as doenças não sejam disseminadas para outros indivíduos.
Além disso, um profissional se dedica à ala por turno, para garantir o acolhimento e os cuidados que os pacientes necessitam. Eles utilizam equipamentos de proteção, que são utilizados apenas durante o atendimento dos pacientes infectados e retirados para a devida assepsia antes de acessarem os demais ambientes do hospital. Assim, é possível garantir que os outros animais não sejam infectados por estas doenças altamente transmissíveis.
Os principais pacientes atendidos na ala de doenças infectocontagiosas são aqueles infectados por vírus e outras patologias altamente transmissíveis, algumas das quais são mais recorrentes.
A parvovirose é uma das doenças infectocontagiosas que mais atinge os pacientes jovens (filhotes) e adultos não vacinados ou debilitados. Ela é causada pelo parvovírus e pode ser transmitida através de fezes, secreções, vômito ou superfícies contaminadas – o parasita sobrevive por vários meses no ambiente.
Quadros graves de vômito, diarreia com sangue, falta de apetite e perda de peso são os principais sinais da parvovirose. Esses sintomas costumam surgir entre 7 e 14 dias após a contaminação do animal. Ao perceber qualquer destes sinais, os tutores devem buscar atendimento veterinário de urgência, já que a doença é altamente letal.
O tratamento para a parvovirose consiste em medidas que fortaleçam o sistema imunológico dos animais, para que o organismo consiga combater o vírus. Além disso, buscam-se meios de reverter os quadros de desidratação e demais danos que a doença tenha causado ao corpo.
A parvovirose pode ser prevenida através da vacinação correta, quando o pet ainda é filhote. Além disso, enquanto o animal não completa o calendário de imunização e os reforços, os tutores devem evitar passeios e contato com animais potencialmente infectados.
A cinomose é uma doença causada pelo vírus da família Paramyxovirus, do gênero Morbilivírus. Uma de suas principais características é a alta transmissibilidade, mas que ocorre apenas entre animais e nunca para o homem, já que não se trata de uma zoonose. Ela acomete principalmente cães jovens ou não vacinados, que são infectados a partir do contato direto ou por meio de aerossóis.
Os sintomas mais comuns da cinomose envolvem o surgimento de secreção nasal e ocular, vômito, diarreia, falta de apetite, febre alta, dificuldade de respirar e tosse. Conforme a doença avança, o sistema nervoso do animal é afetado, fazendo-o apresentar tremores, dificuldade para andar e convulsões epileptiformes. Ao perceber algum destes sinais, o tutor deve levar o paciente imediatamente para atendimento veterinário e, sob hipótese alguma, aplicar medicamentos sem a orientação profissional.
A cinomose pode ser prevenida com a vacinação, que deve ocorrer a partir dos primeiros meses de vida do animal. É importante que o reforço das doses seja feito conforme a orientação do veterinário para manter o pet protegido.
Diferente da cinomose, a leptospirose é uma doença que atinge os animais e também pode infectar os humanos, pois trata-se de uma zoonose. A enfermidade é causada por bactérias do gênero Leptospira, que possui mais de 250 variedades com distintas patogenicidades.
As épocas chuvosas são as mais favoráveis para a disseminação da leptospirose, porque a água é um dos principais meios de transmissão. As leptospiras podem permanecer vivas em água limpa por até 152 dias, mas não reagem bem à alta salinidade, ao pH ácido e aos ambientes secos.
Além do clima chuvoso, a presença de roedores é um importante fator para a disseminação da leptospirose. Esses animais são assintomáticos e transmitem a doença a partir da urina contaminada – processo que pode acontecer por praticamente toda a vida do roedor. Os pets costumam contrair a enfermidade a partir do contato direto com água, alimentos e outros componentes contaminados, por isso os tutores precisam ficar atentos às portas de entrada para a infecção, como lesões na pele e contato através da mucosa (boca, nariz ou genitais).
Animais contaminados com a leptospirose apresentam sintomas como febre, letargia, vômito, diarreia, mau hálito, dor abdominal, icterícia (olhos e pele amarelados), hemorragias, depressão e falta de apetite. Ao perceber algum destes sinais, o pet deve ser encaminhado para atendimento veterinário.
A prevenção à leptospirose deve ser feita com a vacinação correta do animal de estimação, incluindo a realização dos reforços anuais, conforme orientação do médico veterinário.
As doenças infectocontagiosas são provocadas por agentes patogênicos, especialmente os vírus. A principal características destas enfermidades é a rápida e fácil transmissão. Assim, é essencial que os animais adoentados fiquem distantes de indivíduos saudáveis, para diminuir a taxa de infecção e prevenir eventuais surtos.
É importante ressaltar que o Hospital Veterinário Vitta de Bicho está localizado na área central de Caxias do Sul, facilitando o acesso de todas as famílias que precisam de atendimento veterinário. Por isso, sinta-se seguro para trazer o seu melhor amigo sempre que necessitar!