Fisiatria veterinária

Animais idosos, que sofreram traumas ortopédicos ou neurológicos, e até mesmo os casos de ansiedade podem se beneficiar da fisiatria veterinária. O ramo promove a reabilitação de pets, devolvendo qualidade de vida e autonomia para que sigam com a rotina habitual. Saiba mais!

O que é a fisiatria veterinária?

A fisiatria veterinária é a área que estuda e busca a reabilitação dos animais, de forma semelhante à fisioterapia para os humanos. O profissional que atua como fisiatra possui formação em Medicina Veterinária e especialização em instituições reconhecidas pelo MEC. Este profissional é apto a identificar os melhores exercícios para cada pet, indicando tratamentos personalizados.

Qual a diferença entre fisiatria e fisioterapia?

Na medicina, os profissionais que atuam para a recuperação dos pacientes são denominados fisioterapeutas. Na veterinária, a atuação é semelhante, entretanto a especialização se dá no curso de Terapia Física e Reabilitação, formando o fisiatra. A recuperação dos pets é feita com técnicas de fisioterapia combinadas a tratamentos médicos de diversas áreas, como ortopedia e neurologia.

Em quais casos os animais precisam da fisiatria veterinária?

Os animais de estimação podem se beneficiar da fisiatria em diversas situações, não apenas na recuperação pós-cirúrgica, afinal, a área é uma das mais importantes da medicina veterinária preventiva.

Problemas ortopédicos

Animais muito agitados podem sofrer acidentes, traumas ou quedas que desencadeiam problemas ortopédicos. Além disso, fatores genéticos, problemas congênitos e o envelhecimento podem tornar o pet mais propenso a doenças que necessitam de fisiatria para a recuperação. Exemplos são a displasia coxofemoral e cotovelo, tendinite, artrose, artrite, miosite, osteocondrite dissecante, luxação de patela e ruptura de ligamento cruzado.

Recuperação pós-cirúrgica

Depois de uma cirurgia, o pet pode se beneficiar da fisiatria para uma recuperação mais rápida. O tratamento auxilia na reintegração do animal a sua rotina, principalmente depois de operações nos tendões, ligamentos, joelhos, cotovelos e para curar fraturas. Nos casos de amputação, a fisiatria veterinária se torna ainda mais essencial, pois auxilia no processo de reabilitação do pet sem o membro ou com a prótese.

Doenças neurológicas

As doenças neurológicas podem afetar a postura e a mobilidade dos animais de estimação. A fisiatria é indicada para os casos de doenças como embolismo fibrocartilaginoso, tetraparalisias e tetraparesias, hérnia de disco, paralisias e paresias, mielopatias degenerativas, síndrome de Wobbler, doenças do sistema nervoso central e sequelas, cinomose, vestibulopatias degenerativas, vasculares e inflamatórias.

Animais inquietos

Pets muito agitados ou que sofrem com ansiedade também podem ser tratados através da fisiatria veterinária. Com os exercícios, o animal libera energia e se sente mais calmo, diminuindo a agressividade e os latidos excessivos, por exemplo. 

Animais idosos ou obesos

Os exercícios da fisiatria, alinhados a uma dieta balanceada, são efetivos como programa de emagrecimento para pets que sofrem com a obesidade. Além disso, animais idosos, com problemas nas articulações e pouca força muscular, podem ganhar em bem-estar e melhorar a rotina através da fisiatria.    

É possível visualizar a parte inferior do corpo de um cachorro, de cor branca, com manchas marrons e pretas na parte posterior das costas. À esquerda, duas mãos com luvas azuis estão aplicando uma faixa branca na pata direita do bichinho. Ao fundo da imagem há uma parede branca.

Benefícios da fisiatria veterinária

Animais que iniciam o tratamento de fisiatria veterinária obtém diversos benefícios para a saúde:

  • Recuperação após cirurgias, devolvendo autonomia ao pet para praticar as atividades de rotina;
  • Prevenção a patologias ortopédicas;
  • Controle e melhora de dores;
  • Maior amplitude de movimentos (especialmente nos pets idosos);
  • Retorno da função motora.

Não existem contraindicações para a fisiatria veterinária, porém, cada pet precisa de um tratamento diferente, que atenda às suas necessidades particulares. Há que se observar, ainda, quais métodos são mais efetivos para cada caso – as técnicas podem incluir laserterapia, cinesioterapia, acupuntura, entre outras.