A imagem mostra cinco cães, dois amarelos ao centro, um marrom entre eles, um preto à margem esquerda e dois cachorros marrons à margem direita. Eles usam bandanas e peitorais vermelhos com a frase “Medical protection dogs”. O fundo da foto é cinza.
29.10.2021

Cães podem auxiliar na triagem da COVID-19 em aeroportos

Seis cachorros foram treinados para identificar o coronavírus em amostras de odor.

Estudo britânico mostra como cães detectam a COVID-19

Máscaras, camisetas e meias foram alguns dos itens usados em um estudo que treinou seis cães para farejar a covid-19. Realizada em uma parceria entre a London School of Hygiene & Tropical Medicine e a University of Durham, no Reino Unido, a pesquisa mostrou que os pets identificaram a doença com 94% de precisão. 

Os testes foram feitos depois que os pesquisadores descobriram que a covid-19 tem um cheiro bem particular, imperceptível ao nariz humano, porém, detectável pelo olfato dos peludos. Foi então que Millie, Kyp, Lexi, Marlow, Asher e Tala começaram a ser treinados com as mais de 3,7 mil amostras fornecidas pelo National Health Service (NHS, equivalente ao Sistema Único de Saúde no Brasil). 

Eles foram adestrados para distinguir os odores de pessoas não infectadas e infectadas, independentemente de apresentarem sintomas ou não, bem como aqueles com duas cepas diferentes ou com cargas virais altas e baixas.  Apesar de ter sido feito em um ambiente controlado, os resultados preliminares sinalizam que é possível transferir o método para a “vida real” a fim de fazer uma triagem não invasiva. Além do treinamento, o estudo criou uma modelagem matemática para avaliar a eficácia dos animais “farejadores da covid-19”. Essa modelagem mostra o potencial de cães serem usados em portos e aeroportos, estimando que dois cães poderiam rastrear 300 passageiros de avião em aproximadamente 30 minutos. O estudo ainda não foi revisado por pares.

Como foi o treinamento dos cães?

O treinamento ocorreu com odores corporais de máscaras, meias e camisetas de 3.758 amostras. O teste também contou com um ensaio duplo-cego, no qual nenhum dos envolvidos — cães ou treinadores  — sabiam se a amostra era positiva ou negativa, o que evitou risco de tendências ou pistas.  

Em uma próxima etapa, os pesquisadores planejam usar os cães diretamente em pessoas em um ambiente real, como aeroportos. 

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2021/05